Estimados “Irmãos”
Chamo-me Manuel Fernando Almeida Cabral, sou natural do lugar de Cunha Alta – Mangualde, onde nasci no dia 09/10/1954 e sou Juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa.
Satisfazendo o desejo de alguns irmãos e presumindo ser esta, também, a vontade de muitos outros, acedi ao honroso convite feito por Sua Ex.ª Reverendíssima o Sr. Bispo de Viseu no sentido de integrar a Comissão Administrativa que, nos próximos tempos, irá dirigir os destinos da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, havendo sido eu o escolhido para desempenhar as funções de Provedor.
Em consequência disso, sem o prever nem o desejar fazer tão depressa, mas porque, como diz a sabedoria popular, não se podem servir, de igual forma, dois senhores ao mesmo tempo, decidi antecipar o final da minha carreira profissional e abraçar este grande desafio, de enorme exigência e de elevado sentido de responsabilidade, que é o de “comandar” esta Instituição carregada de história, feita ao longo dos 409 anos da sua existência (os seus Estatutos foram confirmados por Alvará de El-Rei D. Filipe Segundo em 16 de Março de 1613), servindo os “Irmãos” da Misericórdia.
Porém, sendo árdua a tarefa, como diz Santo Agostinho, “enquanto houver força para lutar haverá esperança de vencer”.
Ora, se força para lutar é algo que, ainda, não me falta, a verdade é que, a meu lado, comprometidos com o mesmo propósito, animados pelo mesmo espírito e impulsionados pela mesma força, caminham, também, pessoas de enorme dimensão moral, de inquestionável competência e indomável vontade de servir, como o são os Senhores Coronel Fernando Morais de Almeida, Eng.º António Almeida Barreiros, Dr.ª Maria de Fátima Tavares e General José Coelho Albuquerque. A eles manifesto o meu eterno agradecimento por me terem ajudado a assumir este compromisso.
Deste modo, estando a “esperança de vencer” solidamente sustentada na força que une este grupo de “missão”, reconhecendo, respeitando e enaltecendo a obra que já foi feita pelos nossos antecessores, dando-lhe a enorme dimensão que ela já hoje assume, tudo haveremos de fazer, também, para tornarmos a Santa Casa da Misericórdia de Mangualde cada vez maior entre as maiores.
Por outro lado, anima-nos a esperança de que, quando a houvermos de deixar, o tenhamos feito com a consciência do dever cumprido e a certeza de que tudo lhe demos sem dela nada termos levado, confortados, apenas, pela superior honra de termos sido escolhidos para a representar.
Que “Deus” nos ajude nesta “cruzada” e que saibamos ser dignos da confiança que os “Irmãos” em nós queiram depositar, sendo que, destes, também esperamos o seu permanente e incondicional apoio. Esta é uma causa que a todos nos deve unir. Por isso, ajudem-nos a ajudar.
Um abraço amigo do Provedor.
